Coalizão internacional pede que curdos e iraquianos evitem confronto em Kirkuk

 

Por Sagran Carvalho.

A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos pediu de maneira urgente a todas as partes no Iraque – os curdos em Erbil e o governo central em Bagdá – que evitem qualquer escalada de violência na região, depois que o primeiro-ministro iraquiano, Haidar al Abadi, anunciou nesta segunda-feira uma operação militar na província disputada de Kirkuk.

Em um comunicado enviado à Agência Efe, a aliança internacional, que apoia as forças iraquianas e curdas na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), assegurou que está “supervisionando de perto a situação em Kirkuk”.

“Pedimos de maneira urgente a todas as partes que evitem qualquer escalada de ações. Rejeitamos a violência de qualquer parte no Iraque e qualquer ação militar que possa atrapalhar a luta contra o EI e que, além disso, possa prejudicar a estabilidade do Iraque”, afirmou a coalizão na nota.

A aliança militar reiterou que “está concentrada na derrota do EI e no futuro de um Iraque forte, unificado e próspero”, e convidou “todos os atores na região a se concentrarem neste objetivo comum”.

Abadi anunciou hoje uma operação para “impor a segurança” em Kirkuk, uma província no nordeste do país rica em petróleo, e que se transformou no principal centro de tensão entre os governos curdo e iraquiano, já que parte da província está ocupada por tropas curdas desde 2014, quando estas expulsaram o EI, ainda que pertença administrativamente a Bagdá.

Até o momento, as forças iraquianas já controlam numerosas áreas dentro e fora da província, entre elas, o aeroporto militar, a principal base militar e uma importante companhia petrolífera.

Ontem, o governo central iraquiano denunciou que o Curdistão tinha mobilizado combatentes da guerrilha curda do PKK em Kirkuk, o que considerou “uma declaração de guerra”.

A escalada de tensão aumentou ontem depois que as autoridades curdas se recusaram a anular os resultados do referendo de independência – no qual 92% dos eleitores que participaram da votação se posicionaram a favor – a pedido do governo central, já que expirou o ultimato dado por Abadi para que Kirkuk fosse entregue ao Executivo em Bagdá.

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Fonte: Efe.

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